3.12.13

Vida clandestina

Caminhando pela estrada vou refletindo
Sem olhar para trás vou seguindo
Cada vez mais longe vou ficando
Da minha terra natal vou me despedindo

Sem registro, sem documento
Sem foto, sem chão
Nem se quer um simples cartão postal
Mas quem eu sou afinal?

Me chamam João
Me chamam Roberto
Tenho vários nomes
Mas o verdadeiro eu não sei ao certo

Para alguns eu existo
Para muitos eu sou ninguém
Minha casa é o mundo
Minhas paredes são os muros

Sem destino vou seguindo
Sem dinheiro vou vivendo
E essa é a minha sina

Vivendo nessa vida clandestina

2 comentários:

  1. A sensação que eu tive ao ler este poema é inexplicável... A forma como você aborda a vida desta gente nordestina é fantástica. Passei desde então a admirá-lo. Agradeço as palavras e não deixe de escrever. Quantas pessoas não se veem nestes poemas? Não são poucas... Parabéns!! :D

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  2. É tão bom saber que meu poema traz boas sensações, que eles tocam corações! Nunca imaginei que essas simples palavras poderia fazer isso tudo hehe. Obrigado pela força meu anjo. Continuarei sim a escrever!!!

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